Desde menina pensava que quando adulta gostaria de adotar um bebê. Um pensamento bem abstrato, mas que hoje ainda me visita.
Quando engravidei a primeira vez comecei a duvidar se o amor seria o mesmo entre um bebê gerado e um acolhido. Afinal, havia passado pelo anseio de engravidar, mais nove meses de convívio na barriga, chutes, ansiedade... Um bebê parecido com a minha família...
Mas a primeira experiência de segurar aquela coisinha nos braços é inesquecível! Naquele instante não consegui ver se ela parecia com alguém, só pude sentir que era minha. E, dali em diante, se viessem me dizer que aquele bebê havia sido trocado, ia ser difícil levá-la de mim, pois o elo já estava formado, era minha filha e pronto.
Agora já tenho mais uma, e de fato, da barriga, não tenho planos de ter mais nenhum. Mas a mais velha pede:
- Mãe, quando eu tiver sete anos vou querer um irmão menino, Pedro.
- Ah, mas a gente pode pegar um neném pronto? Aí a mamãe não fica enjoada, barriguda, não vai pro hospital e a gente vai ter certeza que é menino, o da barriga Papai do Céu decide...
- Tá bom, mãe! A gente pega um prontinho!
Trato feito! Quem sabe? Essa vida é cheia de surpresas...
Realidade
Há 11 anos
4 comentários:
mais um?!?! gostou mesmo, hein?
Gostar, eu gostei. Mas é só uma idéia...
rsrs... adorei o: "neném pronto"...
E não é? Rsrsrsrs...
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