terça-feira, 28 de julho de 2009

Gravidade

Mãe é um bicho tendencioso. A gente sempre acha que nossos filhos são o máximo. E são mesmo ! (Eu não fujo à regra...) Prestem atenção ao diálogo que se segue:

- Mãe, porque a água cai assim tão rápido no copo quando a gente vira a garrafa?

A menina de 5 anos faz a pergunta enquanto executa a ação mencionada.

- É a lei da gravidade...

Falei e me arrependi na hora. Eu e minha mania de simplificar tudo. Já estava me preparando para falar da tal maçã que caiu da árvore enquanto ela, fisionomia pensativa, chegava às suas próprias conclusões:

- Quer dizer que se não fosse a gravidade a gente ia ficar flutuando?

Confesso que fiquei sem resposta. De fato as crianças de hoje recebem uma gama de informações e numa velocidade que superam e muito a minha geração, mas me impressionou o fato de que ela não apenas reproduziu uma mensagem memorizada, mas extrapolou o parco conteúdo da minha resposta evasiva com uma conclusão bem madura para sua pouca idade.

Nota dez para ela, zero para mim.

domingo, 26 de julho de 2009

Ressaca de carne

Amigos vieram hoje almoçar. Picanha no forno, batata frita, arroz quentinho, belisquetes. Cerveja, refri, criançada brincando. Tarde pra lá de legal, casa meio que arrumada, mas o cheiro da carne não me abandona, parece que está por todo canto. Acho que da próxima vez vou querer uma massinha...

sexta-feira, 24 de julho de 2009

Hey, girls!

Pra não dizer que não falei em coincidências: parece que duas das minhas três leitoras assíduas (rs...) que também são blogueiras estão tão assoberbadas quanto eu, e certamente um tantinho e tristemente sumidas, aparecendo de vez em quando.

Meninas, precisamos retomar força total!!! Estou com saudades!!!

Nebulização

- Filha, vai lá no quarto ver se a sua irmã já acabou a nebulização!

Ela vai e volta rapidinho:

- Não acabou não, mãe!

Pequena pausa:

- E olha que eu nem sei o que é nebulização!

Hiato

Reencontros são tudo de bom. Ainda mais quando acontecem na hora em que achávamos que não seriam possíveis.

Falo daquele reencontro após um afastamento de vidas, pensamentos, falhas de comunicação, interpretações erradas, ruído na mensagem.

Tipo de coisa que deixa um hiato na alma da gente. Parece que fechamos o olho e ao abrir se passou um dia, um ano, tantas coisas pequenas... Mas um sorriso de peito aberto, um abraço de uma alma para a outra fazem esses trezentos, quatrocentos ou sei lá quantos dias sumirem como pó.

Que bom que passou. Feridas cicatrizadas, bobagens esquecidas, falhas perdoadas e tenho de volta uma parte de mim que esteve ausente. Bom para aprender que de tudo isso o que importa mesmo é a amizade.

E amigo é que nem sutiã: perto do coração e sempre ali para apoiar!

sábado, 11 de julho de 2009

Infância distante


- Filha, qual vai ser a música da festa junina da escola?

- Não lembro...

- Ué, e a do ano passado?

- Ah, essa eu sei!

- Como você esquece a que está ensaiando todos os dias e lembra da antiga?

- É que eu lembro das coisas da minha infância!

A máquina


Há umas três semanas fui a uma festa anos 70. Em um post anterior contei sobre a saga de achar fantasias.Enfim, foi muito legal, me diverti bastante. Mas hoje vou contar o que se passou a seguir.

Levei a máquina fotográfica, há muito esquecida. As fotos ficaram bem legais, as caracterizações estavam ótimas, e consegui lindas poses das crianças.

No dia seguinte pela manhã meu marido perguntou pela câmera.

- Está na parte de trás do carrinho da K., na bolsinha.

- Não está não, já olhei!

E de fato não estava... Depois de procurar por todo o carrinho, em casa e na mala do carro concluímos que ela devia ter caído da bolsinha na véspera. Puxa, as fotos estavam tão boas...

Resolvi ligar para a casa de festas, alguém poderia ter achado.

- Agora não tem ninguém da gerência, liga mais tarde.

Mocinha antipática... Liguei novamente no horário recomendado, outra moça de má vontade.

- Está começando uma festa agora, não posso falar.

- Tudo bem. Não estou interessada em fazer festa, também não há interesse em me atender direito...

Desanimei mas fiz promessa pra São Longuinho, just in case. Lá pela hora do almoço a segunda moça antipática me liga:

- Olha, acharam sua máquina, mas vem logo buscar que só vão devolver pro dono!

Que sorte! Liguei correndo pro meu marido ir buscar. Fiquei pensando que aquela coisa de devolver pro dono deveria ser brincadeira, será que teriam visto as fotos e gostado de algum dos "hippies"?

Pouco depois a menina liga de novo:

- Olha, seu marido vai demorar? A máquina foi achada na rua, a pessoa que encontrou está querendo ir embora.

Ah, tá... Deve ter caído na hora que o carrinho foi colocado na mala. Liguei pro meu marido e pedi para ele correr e dar R$50,00 para o rapaz que achou, entendi que era algum mendigo. E de fato já havia prometido dar essa quantia a alguém que precisasse caso a câmera aparecesse.

Mais algns minutos, nova chamada:

- Aqui é o perna-de-pau da casa de festas, é que o rapaz foi embora com sua máquina...

História mais sui generis. Nesse momento minha vontade foi de chorar, encontrei e perdi a danada em menos de meia hora. E na verdade o que aconteceu foi o seguinte: o tal perna-de-pau (e miolo-mole, como ficará provado a seguir) viu a máquina embaixo de um carro do outro lado da rua, mas do alto de suas pernas de pau (dá até vontade de rir...) não teve outra alternativa senão pedir a um rapaz que estacionava que a pegasse para ele. Assim foi feito, ele pegou a dita cuja, a levou para a gerente, todos viram minhas fotos, e tudo caminhava para um desfecho favorável. Só que o tal do "apanhador" continuou lá na porta perturbando o pernadepaumiolomole, que se viu compelido a voltar à gerência, pegar minha maquininha e devolvê-la ao infeliz, que só queria devolver AO DONO.

Inacreditável, né? Mas a história não termina aqui. O pernadepaunãotãomiolomoleassim devia ter ainda algumas lamparinas de seu juízo acesas e anotou a placa do carro, que ainda por cima era de uma empresa dessas terceirizadas que prestam serviço a uma determinada TV a cabo. Sendo assim, ficamos de posse também do telefone da empresa e do número do carro.

Para terminar: meu marido até conseguiu entrar em contato com o tal cara - ou ladrão, como queiram - há umas duas semanas através da empresa, e ele ficou de devolver a câmera sem garantia de que as imagens estariam preservadas , mas até agora nada. Seu celular passou a ficar fora de área ou chama e não atende.

Fico sem entender como alguém, aparentemente um trabalhador, fica bem em posse de algo que não lhe pertence, depois de ter se comunicado com o dono do objeto. E a câmera é daquelas antigas, poucos recursos, valor material quase nada. Queria mesmo minhas imagens...

sexta-feira, 10 de julho de 2009

Mesquita

Nossa! Ando sem tempo... Passei por aqui para dar uma pincelada em um assunto que gosto: coincidências.
Meu marido estava me levando para o trabalho ontem pela manhã enquanto falávamos com uma amiga ao celular. Ela dizia:
- Estou a caminho de Mesquita...
- Ih, nem sei onde fica... Mas eu estou na rua Barão de Mesquita! Rs...
E estava mesmo passando por ali.
Chegando ao meu destino meu marido pediu, como sempre, que eu lhe comprasse o desjejum na lanchonete da esquina. Quando voltei com a encomenda, ele estava rindo sozinho:
- Olha a placa daquele carro ali!
Adivinham de que cidade era? Isso aí, Mesquita...
Sempre acho que meus dias serão auspiciosos quando começam com essas pequenas coincidências. E este foi bom mesmo.