sábado, 22 de novembro de 2008

Um sonho de pousada

Fui com um grupo de amigos passar um feriadão, acho que finados, em Conservatória. A cidade é muito bonitinha, a gente se sente no início do século passado, música ecoando por todos os cantos do lugar.

Ficamos numa pousada no mínimo... esquisita. O gerente, cara amarrada, soube mais tarde que não acietava negros e crianças (?!) Pena que foi bem mais tarde mesmo, tipo quase voltando. E o lugar... Uma piscina às moscas, que servia de bebedouro ao cachorro vira-lara que perambulava por ali, uma rede de vôlei em meio a um gramado crescido e mal-cuidado, e da comida, não vou nem falar, dá pra imaginar. Mas com 20 anos a gente topa qualquer coisa, né...

O quarto, então, era a apoteose. Duas camas antiguiiiiinhas e entre elas um criado-mudo com um rádio tipo aqueles que a gente vê em filmes da década de quarenta. O banheiro não tinha porta, a gente tinha que avisar: "não vem não, tá ocupado"! Pra completar o chuveiro era separado por um murinho, nada de cortininha, pelo menos. A gente tinha que se expremer em um espacinho de uns trinta centímetros para entrar, ou seja, qualquer um com uma circunferência abdominal um pouco mais avantajada ficava sem banho.

Só para encurtar a história: resolvemos tirar uma foto nesse quarto, o grupo todo, aproximadamente umas dez pessoas. Todos se amontoaram em cima de uma das camas e eu fui armar o automático da câmara que ficou apoiada na janela, eu pelo lado de fora. Tudo pronto, disparei a bichinha e saí correndo para entrar na foto também. 3, 2, 1, e... puff!!! Registro fotográfico feito, e para finalizar, acompanhando o espocar do flash, a cama e todos os seus ocupantes desabaram pesadamente... Tenho a foto até hoje, mas o nome e o endereço da pousada, infelizmente, não tenho mais para indicar...

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