No último post tentei relatar de forma mais leve os acontecimentos relativos a um assunto tão difícil, que é a morte de uma pessoa próxima. Mas pensando bem, toda vez que vou a um enterro me envolvo em alguma situação imprópria ao momento...
Foi assim no velório do pai de uma amiga. Fui para lá direto do trabalho, uma outra amiga em comum foi me buscar para irmos juntas. Adoro fotos antigas, e nesse dia havia levado para as colegas verem umas do início do século 20, mais precisamente de 1904. Eram herança da minha avó paterna, e as fotos eram de uma tia sua, que se chamava Rôlla.
Isso mesmo, Rôlla. Nunca soube porque deram esse nome à pobrezinha, mas foi uma moça bonita, e as fotos eram de tal qualidade que sua fisionomia estava muito nítida. No trabalho o nome da titia fez mais sucesso até que as fotos, e acabei levando-as comigo ao enterro, na bolsa.
O velório foi triste, minha amiga era muito apegada ao pai, as irmãs também; morreu novo, uma das filhas ainda pequena. Estava eu no lado de fora da capela com a amiga que me deu carona (já que essa coisa de ficar perto de caixão não é comigo) quando de repente lembrei das fotos em minha bolsa, e sem preparação, saquei-as e coloquei na frente da moça, toda orgulhosa:
- Olha só o que eu trouxe!
Ela, um tanto espantada:
- O que é isso?
Eu, animada:
Tia Rôlla!!!
Ai, ai, que vergonha... Essa minha amiga é dada a acessos de riso... Achei que ela ia passar mal, chegou a ficar com o riso preso, que nem bebê que perde o choro. Tivemos que ficar cada uma em uma ponta do lugar, pois cada vez que nos olhávamos a vontade de rir era incontrolável... E tudo culpa da tia Rôlla!
Realidade
Há 11 anos
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