domingo, 11 de outubro de 2009

Fácil, extremamante fácil


Fiz o almoço hoje. Espaguete bem fininho com muito molho de tomate, grandes rodelas de cebola e ovos cozidos, tudo sob uma generosa camada de mussarela derretida. Ficou boooom... Simples de doer, mas as crianças adoraram. Ah, os adultos também... Difícil qualquer prato com queijo não ficar bom, não é?

Cazuza


Estou com a estranha sensação de que não consigo mais administrar minha vida. Parece que tudo fugiu ao meu controle. E esse é meu ponto fraco, calcanhar de Aquiles, whatever.

Alguns pequeninos problemas me tiram do sério, paciência é artigo raro entre minhas virtudes. Acho que finalmente estou deixando de ser filha para ser mãe. De duas. Ou três, incluindo o pai delas. Mas ainda me recuso terminantemente a inserir minha mãe nessa lista.

De vez em quando gosto de escapar. Uma voltinha no comércio perto de casa já me relaxa. Essa é a vantagem de se morar perto da muvuca, mas felizmente em uma rua tranquila, residencial. Você tem um pouco da paz e a confusão está lá, pertinho, ao alcance da mão. Passeio, olho as vitrines, compro uma coisinha ou outra, tomo um cafezinho e esvazio a cabeça.

Num desses momentos entrei na Eldorado, tinha que comprar dois presentes para meninas. Escolhi os livros que encantaram minha infância, como sempre. De repente meus olhos se fixaram em um exemplar de Cazuza, Viriato Corrêa. Nossa, que grata surpresa! Me vi com oito ou nove anos, fantasiando naquelas histórias de menino do interior do Maranhão, início do século vinte, talvez. Causos e coisas simples. Presente da minha avó...

Infelizmente, meu exemplar original se perdeu, e junto com ele a dedicatória carinhosa. Mas aquele comprei, reli, e guardo para ler com minhas filhas no tempo certo.

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Trás lado


Trancrevo a seguir parte de texto produzido por um engenheiro agrônomo; juro que eu li, o papel esteve na minha mão:

"A lixeira fica perto da cozinha, o que facilita o trás lado de baratas..."

Ai, que dor no meu coração marista...

Death, taxes and Murphy


Nada mais certo que death ad taxes. Pior que isso só a lei de Murphy, definitivamente imbatível.

Voltei a andar de ônibus, uso a tal linha Leblon-Maracanã, o famoso 464. O danado é daqueles que aparecem, com sorte, a cada 20 minutos. E com muita, muita sorte mesmo, ele até para no ponto. Fico assim, esperando e contando as linhas que passam por ali. Já cheguei a enumerar oito 434 antes que o meu se materializasse.

Pois vem, hoje eu mudei o itinerário, iria experimentar o 434. Adivinha quem apareceu assim que eu me postei calmamente no ponto? O 464! Nos minutos seguintes desfilaram por ali dois 238, três 410, dois 409, um 362 e um 497. O último da lista, obviamente, foi o meu eleito. Tudo bem, já estava atrasada mesmo, resolvi relaxar.

Desci onde tinha que descer, fiz o que tinha que fazer e segui para o trabalho. Começava a subir a ladeira que leva ao hospital e lá vinha um 464 descendo. Pensei que já podia estar lá em cima se tivesse vindo nele... Mal completei o pensamento e... Mais um! Que coisa! E como tudo que vem em dois vem em três, voilà! O terceiro cruzou meu caminho enquanto eu chegava ao alto.

Murphy hoje resolveu implicar comigo.

sábado, 3 de outubro de 2009

Tão fácil


Eu tenho alguma ligação com a história do Antigo Egito. Hoje estive em uma exposição bem fraquinha sobre o tema no Shopping Iguatemi. Comecei a olhar para aquelas réplicas de sarcófagos, múmias, pequenos jarros para óleo e fiquei zonza. As imagens daqueles deuses com cabeça de pássaro ou de cão me remeteram a um respeitoso medo quase infantil, enquanto minha filha passeava tranquilamente por entre as fileiras de objetos. Se encantou particularmente por uma múmia bebê.
- Tadinho...
Engraçado como a morte soa como algo natural aos seus ouvidos. Bem, natural é, afinal esse caminho não se pode evitar. Mas ela não tem medo. Apenas aceita.
- Mãe, quando eu tiver a sua idade você vai ter a da vovó?
- Vou.
- E ela já vai ter morrido?
- Pode ser...
Fica pensativa por dois segundos:
- Vou sentir saudade dela! E depois, você vai morrer também?
- É, né...
- Vou sentir sua falta também!
- Acho melhor a gente chamegar bastante antes desse tempo chegar!
- Tá bom, mãe!
Me dá um abraço gostoso e sai cantarolando...