Desde pequinininha acostumei minha filha a valorizar todo e qualquer presente. Podia ser um lápis ou um notebook de brinquedo, a festa que eu fazia com ela era a mesma.
Temos um grupo de amigos delicioso, formado na creche que ela frequentou desde bebê. Temos encontros periódicos, alguns aqui em casa, e todo ano fazemos uma festa de Natal com amigo oculto para as crianças.
Ano passado a hora da troca de presentes foi bem legal, pois elas estavam maiores e já entendiam a dinâmica da brincadeira. Eram mais ou menos umas quinze crianças, e nada de aparecer o amigo da minha filha. Ela já estava impaciente, e a cada presente se voltava para mim:
- Mãe, não vai chegar a minha vez?
- Calma, já vai.
Mais um e nada. E outro, e ela agitada.
Até que uma de suas amigas preferidas diz seu nome e lhe entrega o embrulho, toda feliz.
Ela, ansiosa, se esquece de agradecer e abre o pacote rapidamente. Mas...
- Eu já tenho essa boneca!
Ai... A sinceridade das crianças...
A mãe da amiga, solícita, se apressa em dizer que a troca é fácil na loja em que comprou. Enquanto isso minha filha está olhando para a boneca, como que avaliando o presente. De repente abre um sorrisão e o abraça apertado, olhinhos fechados:
- Mas a caixinha é linda...
Realidade
Há 11 anos
2 comentários:
eu tambem ensino o meu filho dar valor a tudo que ganha, acho isto super importante, mas nao eh garantia de nada com uma crianca, ne? Dia das bruxas aqui, saimos para pedir docinhos (nao acreditei que meu filho ia fazer isto, tao bicho do mato que eh, mas fez) e numa determinada casa deram a ela uma bala que ele nao gosta (ate pra isto ele eh fresco!) e ele rapidamente diz: Nao, nao gosto desta! nao sabia onde me enfiar! Eles nao sabem portugues, mas nao todo mundo entende, ne?!
Se não entenderam o não, a carinha dele deve ter sido bem clara, hehe...
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