sábado, 3 de janeiro de 2009

Mais uma de inseto

Minha filha é mesmo muito medrosa, temo que se inspire um pouco na avó. Tento minimizar um pouco, mas é um tanto difícil. Ainda mais com o festival de insetos da minha casa...

Estava no final da gestação, barriga grande, cansada e sem poder pegar peso. Certo dia, enquanto falava ao telefone, ouvi uma gritaria vinda do quarto de minha mãe, onde ela estava com a irmã, cada uma com sua neta. Fui ver o que acontecia, e me deparei com minha filha apavorada na cama, berrando, enquanto as avós e a prima, mais corajosa, olhavam sem reação uma cigarra enorme voar em círculos pelo quarto. Não pensei duas vezes, peguei a menina no colo e saí correndo do lugar, esquecendo o barrigão.

A bichinha se refugiou embaixo do edredom, tremendo, e dali só saiu para vomitar na cama. Lá fui eu, colocá-la no chuveiro, lavei seus cabelos e depois troquei os lençóis. Limpinha, se deitou e acabou dormindo, gemendo, uma ponta de febre.

Quando meu marido chegou, contei o ocorrido, e ele foi tentar achar a causadora de tanta confusão, desaparecida; e a menina ainda mole, na cama. Parece brincadeira, mas foi só o pai encontrar a bendita cigarra e jogá-la pela janela sob às vistas da pequena que ela se transformou, voltou a saltitar pela casa, sem febre, tagarelando sobre a esperteza do pai.

Espero que isso seja coisa de criança, que ela cresça livre desse medo todo... Temo que papai e mamãe não estejam sempre por perto. E além de tudo, no fim da história, ganhei uma dor na base da barriga, pelo esforço, que me acompanhou até a caçula nascer...

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