sábado, 31 de janeiro de 2009

Minha trilha


Minha amiga lilly fez uma trilha sonora de sua vida. Peço aqui, humildemente, permissão para copiá-la, já copiando. Lá vai:


1975 - Tango para Teresa, Ângela Maria (isso mesmo, vovó gostava.)
1980 - Baila comigo, Rita Lee (essa tal de Rita é hours concours!)
1981 - Reality, Richard Sanderson
1982 - Hard to say I'm sorry, Chicago (caprichando no inglês.)
1983 - Meu erro, Paralamas (one of my favorites!)
1984 - Como eu quero, Kid Abelha (sofrendo por amor...)
1985 - You've got a friend, James Taylor; Bohemian Rapsodhy, Queen (Rock in Rio, deu pra sacar?); Será e Geração Coca-cola, Legião (marca de uma época.)
1986 - Com açúcar, com afeto, Chico Buarque; Sunday, bloody subday, U2
1987 - Always on my mind, Pet Shop Boys
1988 - Faz parte do meu show, Cazuza (essa não podia faltar!)
1989 - Bizarre love triangle, New Order (tamtamtaramtamtaramtam...)
1990 - Listen to your heart, Roxette; Crying in the rain, A-ha (broken heart again, snif...)
1991 - Deixa, Vinícius de Moraes (querendo soltar amarras...)
1992 - Stars, Simply Red (I wanna fall from the stars, straight into your arms...)
1993 - Vincent, Don Mclean
1994 - Vento, ventania, Biquini Cavadão (me deixe cavalgar nos seus desatinos...)
1995 - Dança da solidão, Marisa Monte (uma linda voz feminina.)
1996 - Pelados em Santos, Mamonas Assassinas (marcou a partida prematura...)
1997 - Friday, The Cure; Per Amore, Zizi Possi (ai mai fato niente solo per amore...)
1998 - One more time, Britney Spears (hit me baby!)
1999 - Uninvited, Alanis Morrissette; Tão bem, Lulu Santos (new love!)
2000 - Garganta, Ana Carolina (adooooro ela!!!)
2001 - Last kiss, Pearl Jam (ai, que música deprê!)
2002 - Estrada, Cidade Negra (gaaaaaaato!!!!!)
2003 - All star, Cássia Eller (aperto o 12 que é o seu andar...)
2004 - Vou deixar, Skank; Epitáfio, Titãs
2005 - Estátua, Xuxa (criança pequena em casa, né...)
2006 - Do seu lado, Jota Quest (essa é pra ouvir no último volume!)
2007 - Natasha, Capital Inicial (usa salto 15 e saia de borracha, um passo sem pensar...)
2008 - Don't Stop the music, Rihanna (pra dançar!)
2009 - Não é proibido, Marisa Monte (frumelo, doce de abóbora com coco, bala juquinha, algodão doce, manjar...)
Pode haver algum descompasso nas datas, mas devem estar bem próximas da realidade.
Deu pra sentir que sou pop, né? Ah, é o meu jeitinho...

Impotência

Em alguns momentos a impotência nos toma conta de uma forma... Há certas horas em que as palavras somem, os gestos ficam curtos, a mente parece um grande buraco negro...

Em ocasiões assim, gostaria de ter o dom de abraçar com sentimentos e não com os braços, enxugar lágrimas com as pontas dos dedos e não lenços, falar a coisa mais engraçada do mundo para apagar, nem que seja por milésimos de segundos, um pouco da dor.

Mas dor não se apaga... Ela esmaece... Aos poucos aquela densa camada negra que nos envolve vai perdendo o peso e ganhando tons de cinza, até que vira um pontinho aderido ao coração, que de vez em quando aperta e nos lembra que ainda existe.

Queria não estar aqui, queria estar perto.

É pra você, amiga...

Banguela


Minha filha está banguela. Lindinha, mas banguela. De uma só tacada e, obviamente, com a "ajuda" do pai, perdeu os dois incisivos centrais superiores.

Mas ele não conseguiu a proeza com facilidade, não... Correu algumas dezenas de metros pela casa atrás dela, antes de arrancá-los num susto. Tudo bem, estavam por um fiozinho, tanto que ela chorou bem pouquinho, dada sua natureza dramática.

Um pouco antes de alcançá-la, ele ponderou:
- Vem, M., não vai doer nada!
- Paiê! Você não pode saber! Você não tem as minhas emoções!

Ponto pra ela...

Pequena frustração


Gosto muito da Hilary Swank, já há algum tempo queria ver P.S. : Eu te amo. Consegui ontem, depois da meia-noite, quando o silêncio finalmente impera em minha casa.

Mas fiquei um tantinho decepcionada, achei chatinho. A introdução não foi suficiente para ilustrar um amor intenso a ponto de fazer um jovem moribundo planejar de forma tão minusciosa a vida da futura viúva...

Mas pior que perder o marido aos 29, morar num pequeno apartamento, ter um emprego entediante e uma mãe dominadora é aturar por quase duas horas de filme um "grudento" apaixonado e maaaaaaaala... Desse jeito, melhor esperar as cartas do além.

sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

Só pra contrariar

Já estava tão desapegada do crucifixo e ele apareceu de novo, escondido na dobrinha da bolsa. Desesti de procurar significados para seus sumiços e aparições, já está no conserto.

Porque será que...


Eu tenho a sensação que não fiz metade do que planejei para as férias?

A gente sempre encontra o que estava procurando quando já não precisa mais?

Quando dá aquele desejo de comer o pêssego suculento da geladeira alguém já o pegou antes?

O documento que a gente procura está sempre na última pasta?

Criança faz tanta besteira?

Adulto faz tanta besteira?

A outra fila sempre anda mais rápido?

Murphy puro.

quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

Os Outros


Zapeando ontem a noite me deparei mais uma vez com o filme Os Outros. É muito sinistro... Não consigo deixar de ver, sempre que passa assisto do momento em que pego.

E a ansiedade é sempre a mesma... A palidez daquelas crianças, a beleza quase quebrável da Nicole Kidman e o ar soturno da governanta são apavorantes... E as fotos dos mortos no século XIX? A mansão sombria, cortinas fechadas, portas, portas, portas e mais portas. O desespero daquela mãe se mistura aos meus sentimentos, culminando na dor do arrependimento de um ato tresloucado.

Desejo com eles que aqueles intrusos vão logo embora e os deixem em paz, em casa.

Balanço negativo, saldo positivo


Ah, esqueci de comentar antes sobre o saldo de uma semana com a boca fechada + intoxicação alimentar: 4 Kg a menos!!!!! Não é o máximo? Quero ver manter...

Pingos nos is

Tá decidido. Vou mudar de pediatra. Esse, tão recomendado, não deu certo, agora vou tentar a sorte. Escolhi pelo livro do plano de saúde.

Dá um certo receio, gostaria de ficar com o profissional que a conhece desde que nasceu. Conhece? Vamos ver, aí vai a reprodução de um diálogo da última consulta:
- Oi, como vai a Camila?
Minha filha não se chama Camila.
- Ela melhorou do refluxo?
Minha filha nunca teve refluxo.

São muitas crianças, delírio de mãe achar que a nossa é especial. E é. Para mim, para o pai, a família. O pediatra deve lembrar dela quando começa a chorar.
- Ah, sei, a que berra e precisa de apoio psicológico para a família.

É isso. Cheguei à conclusão que minha família tem todos os problemas... Que todas as famílias possuem! De fato, não desmereço a importância da ajuda de um terapeuta, mas quando bem indicado. E acho que não é o nosso caso. Pelo menos não ainda!

quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

O dia em que perdi minha amiga



Era um domingo bonito de sol. Eu e meu marido combinamos com uma amiga dos tempos de colégio de ir ao cinema. Escolhemos o Shopping Downtown, aberto, agradável em dias mais quentes como aquele.

Ela foi de carona conosco, não me lembro se comentamos algo sobre o filme, como nome ou enredo, no caminho. Mas com certeza mencionamos um de seus atores.

Bem, seguimos direto para o Cinemark. Naquela confusão de entrada, acho que fui comprar pipoca e ela foi ao banheiro, nos encontraríamos dentro da sala.

Entramos eu e meu marido e guardamos um lugar para ela. Vimos alguns trailers, propagandas, nada da garota. O filme começou.
- Ah, ela está demorando demais, vou telefonar!
Nada, "o número que você discou está fora de área ou desligado". Eu não supoooorto essa frase!!!

O filme foi passando, Insônia, bons atores, mas confesso que não gostei. Não valeu nem pelo Al Pacino, nem pelo Robin Williams, este atuando muito pouco tempo. Ainda mais com o sumiço da amiga.

No final, eu já preocupadíssima, meu marido tranquilo como sempre. Finalmente consegui contato por celular:
- A., cadê você?????
- Ué, assisti o filme com o Robin Williams que a gente combinou, não achei vocês, sentei em qualquer lugar!
- Que filme você viu?
- Retratos de uma obssessão...

Ninguém merece, né? Dois filmes com o mesmo ator, falha na comunicação, falta de atenção, cada uma assistindo a um filme diferente. O pior é que nenhum dos dois agradou...


Sorte do orkut

Sorte de hoje: A educação é a melhor provisão para a jornada rumo à velhice.

Comentário: Mas a lista de material poderia ser menor.

Momento descontração


Estava vendo televisão ditraída, minha mãe ao computador e as crianças brincando. De repente, olho para o balancinho da pequena e lá está ela, sentada, balançando as perninhas. Foi parar ali sozinha, não sei como, com toda dificuldade de seus onze meses. Coisa mais bonitinha, cara mais sem-vergonha do mundo!

Soltando amarras

Contei num post sobre um crucifixo de ouro que perdi e minha mãe encontrou por acaso, sem saber que era meu. Pois bem, hoje fui levar para soldar com mais algumas peças: uma pulseira, um cordão e um par de brincos. E não é que o danado sumiu da minha carteira? Achei melhor deixar pra lá, não me importei muito. A história dele já se foi, é melhor que ele também siga seu caminho.

Sépia


Tive uma intoxicação alimentar. Vou omitir os detalhes mais desagradáveis, mas provavelmente a salada do jantar de sexta me pegou de mal jeito, e não acordei nada bem no domingo.

Depois de muito relutar, não teve jeito, acabei em uma emergência, no soro. Quatro horas ali, a paciência esgotada, saudade das minhas fihas e consegui ser liberada. Liguei para casa para avisar e minha filha atendeu:
- Estamos dando muito trabalho pra vovó!

Bem, a esperança de que tudo estava resolvido já se foi na madrugada seguinte; nada parava no meu estômago, nem água. Não tive forças para amamentar, num último recurso me enfiei embaixo do chuveiro. Teria que voltar ao hospital... Chamei meu marido, me arrumei e saí de casa deixando a mais velha dormindo e a caçula inquieta, sem entender minha ausência e porque não tinha podido mamar. Tremenda sensação de impotência...

No caminho, me veio uma súbita impressão de morte, e naquele momento foi um pensamento que me trouxe um certo alívio diante de tanto mal-estar. Olhei a paisagem fora do carro, pessoas indo trabalhar, árvores, postes, lojas, tudo continuaria no seu lugar, mesmo sem mim. Pensei nas minhas filhas e no que lhes seria reservado, e sabe lá como, fiquei tranquila.

Bem, felizmente tudo não passou de delírio de uma uva-passa, nada que uma injeção de bromoprida e dois litros de soro não fossem capazes de apagar da minha mente como se fossem uma borracha de Itu. E me fazer reviver como uma flor murcha que é colocada num vaso de água fresquinha.

Mas daí me ficou a dúvida: será que na derradeira hora nossos sentimentos são assim, tão serenos, tom de sépia? Bem, vou deixar esse tema funesto pra lá. O melhor é não comer mais salada por aí!!!!

Mico total


Passei a tarde de ontem procurando material escolar para minha filha pela internet. Era cada coisa que eu nunca ouvi falar... TNT, polionda, colorset-cards, fora purpurinas e lantejoulas. O tempo que fiquei em frente ao monitor reclamei do tamanho da lista, do absurdo dos ítens... Lembrei da escola primária, um caderno encapado de azul para comunicação e expressão, um vermelho para matemática, lápis 6B e aquela borracha metade rosa, metade azul. Completava a mochila tipo maleta um estojo de madeira e um apontador de plástico. Não lembrei da cola colorida, do barbante, do pincel fino e nem das 1000 folhas de papel A4. E caneta lumicolor amarela?

Bem, fui dormir achando aquilo demais. Me imaginei levantando na reunião inaugural para perguntar o que minha filha faria com o perfex, cheguei a perder o sono pensando nisso. Fiz o primário em escola municipal, depois concluí o ginásio e científico em uma boa escola particular, e só lembro da lista de livros no início do ano letivo. Pensei nas famílias com vários filhos, menor poder aquisitivo, tendo que bancar até rolos de papel higiênico.

Acordei irritada, ainda mais diante da inevitável tarefa que me aguardava, enfrentar uma papelaria lotada, procurando um monte de coisas que eu não fazia a menor idéia do que seriam.

Aí resolvi dar uma outra olhada na lista e descobri que a maior, das coisas esquisitas, já fazia parte do material que havia optado por incluir na mensalidade; a que eu ainda teria que comprar era pequenininha...

Mico total, né? Meu, pelo estresse antecipado, e das escolas, com listas exageradas.

sábado, 24 de janeiro de 2009

Sabedoria hindu

Outro dia citaram um provérbio que achei interessante na novela Caminho das Índias, algo assim:

Certa vez o mestre deu ao discípulo um papel bem dobrado e recomendou:

- Abra somente no dia em que você estiver tão triste a ponto de achar que seu problema não tem solução; ou, então, quando sentir seu coração tomado por uma alegria jamais experimentada.

Algum tempo depois, atravessando um dos dois momentos mencionados pelo mestre, resolveu abrir o papel. Lá, encontrou as seguintes palavras:

"Isso também passa."

Bem na fita

Ontem fui a um restaurante, comemoração de aniversário de amigo. Não sei ao certo sua idade, deve estar entre 45 e 50.

Lá pelo fim da noite chamei o garçom e pedi um café carioca.
- Não, senhora, o aniversariante pediu para trazer depois.
- Café?
- Não, a torta!
- Eu pedi café "carioca", não "torta". Já pensou que convidada abusada, pedindo para trazer a torta do dono da festa?
- Ah, mas a senhora podia ser filha dele...

Adoreeeeeeeeei!!!!!

Fé ou coincidência?

Ontem me ocorreu algo interessante. Estava ansiosa, querendo muito que uma determinada coisa acontecesse o mais breve possível. Tentei me acalmar, fechei os olhos e rezei com toda a confiança possível a uma pessoa angustiada , e mal havia concluído a oração mental, pimba! Aconteceu.

E aí? Fé ou coincidência? Eu já sei a minha resposta. Deixo aqui para reflexão.

Vínculos e vergonhas


Vou ao aniversário de uma amiguinha da minha filha já há uns 4 anos, e em nenhum deles a mãe incluiu cerveja no rol de bebidas da festa. Pra mim, tudo bem, não bebo mesmo, e não estou ali pelos comes e bebes. Bom, pelo menos não é o motivo principal, mesmo porque adoro um "cocrete"...

Enfim, mas para os papais, isso virou uma tortura, a ponto de alguns se recusarem a ir. E os outros arranjaram uma solução: procuram o bar mais próximo e lá se refugiam, deixando as mulheres e as crianças a ver navios.

Bem, bem, bem. Meu marido sempre foi uma espécie de cão de guarda da filha, ia atrás dela por toda e qualquer festinha, portanto ainda não havia aderido à debandada geral. Mas agora ela está crescidinha e independente, so... Lá foi ele com os rapazes, dessa última vez.

Uma das mães abandonadas ficou danada, e comentou comigo a vergonha que tinha da atitude do marido, deixar a festa por causa de cerveja. Concordei com ela, não acho bonito, falta de consideração com a anfitriã, nossa amiga. Mas ponderei e fiquei feliz ao perceber que não me sentia envergonhada... Afinal, somos marido e mulher, mas seres humanos distintos, diferentes, cada um responsável por suas escolhas e consequências destas. Enfim, eu estava lá, problema dele se resolvera ir para outro lugar. E isso é bem coisa de menino.

Mas essa constatação me abriu portas a outra divagação: e se a situação fosse outra? Me sentiria assim, desvinculada? Acho que não. Por exemplo, se ele tivesse uma dívida qualquer com um amigo e estivesse demorando a pagar, isso me incomodaria. Em que uma atitude difere da outra a ponto de interferir no meu modo de sentir?

Ainda não sei. Só sei que tudo é muuuuuito relativo.

quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

Aos filhos de leão


Para leoninas queridas:

Aos filhos de leão

Oswaldo Montenegro

Cada diamante ama o sândalo e o cravo
Ama o ouro, e alaranjado
O globo azul rodeia o sol
Cada diamante imita a mágica
Das tropicais florestas
Onde reina o leão,
Deus dos animais
Cada brilho seu reflete o coração dourado
O fogo, o poder, a vitalidade, o pai
Cada raio seu forma uma rua
Que vai dar na luz da lua
Doces caminhos astrais

Aos filhos de peixes


Sempre me identifiquei com essa música, me enxergo em cada verso:


Aos filhos de peixes

Oswaldo Montenegro

É peixe quando pula e descortina
A clara possibilidade de mudar de opinião

É peixe quando sem ligar a seta, muda o rumo
Inverte a coisa, embola o pensamento e então ...

É peixe quando o germe da loucura
Se transforma em claridade e anda pela contramão

É peixe quando anda no oceano de quarenta correntezas
Sem nenhuma embarcação

É peixe quando salta o precipício da responsabilidade
E tem uma queda pra ilusão

É peixe quando anda contra o vento, desafia o sofrimento
E carrega o mundo com a mão

É peixe quando a luz do misticismo
Se transforma na procura do princípio e da razão

É peixe quando anda no oceano de quarenta correntezas
Sem nenhuma embarcação

Gadgets


Adicionei alguns gadgets mais. Achei fofo esse com a bandeirinha do Brasil, tipo: "aqui é o meu país..." Pode não parecer, mas sou patriota pra caramba, brasileira até debaixo d'água com muito orgulho. Quando eu era pequena tinha uma certa sensação de piedade por quem não tinha nascido aqui... Tudo bem, tudo bem, exagero, coisa de criança, já passou. Ah, e ainda me dá bom dia, boa tarde e boa noite, simpatiquinho...

Gostei também do que nomeei como "Paraíso na terra", o original é "Places to go before you die". Não gostei de ter a palavra morte associada ao blog.

E as figuras em 3D são pura distração, fico vesguinha tentando visualizar...

Coringa


Não é estranhíssimo o Heath Ledger receber uma indicação póstuma para concorrer ao Oscar de melhor ator coadjuvante? Me dá a impressão de que vai ser algo tipo "cartas marcadas", com alguma homenagem programada. Sei não. Pode ser merecida, mas é esquisito.

A Rainha


Numa dessas noites em que passo a madrugada acordada, parei para assistir ao filme A Rainha. Ao final fiquei com a curiosidade de saber como o terá recebido a família real inglesa.

Não tenho o que dizer da atuação da Helen Mirren, parece que estamos vendo a própria Elizabeth II. O ator que interpreta o Tony Blair, também impecável. Não imaginava como ele havia sido importante no rumo que aquela semana retratada tomou. O príncipe Charles tem a mesma aparência de bobo da corte, e a grande decepção fica por conta das personalidades imputadas à rainha mãe e ao Duque de Edimburgo, duas malas...

Impressionante mesmo é lembrar o quão marcante foi a princesa Diana, quer na vida ou na morte, já não mais ostentando esse título. But who cares about that? Penso que muitos dos que viram o filme devem ter se lembrado do que estavam fazendo ao saber da notícia. Eu estava em casa, a noite, quando o plantão do jornalismo avisou sobre o acidente em Paris. Logo passei para a CNN, aquela sensação de incredulidade, certeza de que nada aconteceria com aqueles carros cheios de dispositivos de segurança.

Mas a notícia fatídica veio, e foi um soco no estômago comparável à morte do Ayrton Sena. O dia 31 de agosto amanheceu ensolarado, mas deixando a sensação de que estava sendo o cenário de um fato histórico. E foi. O marco do trágico fim de ato desse drama da vida real, em que a plebéia desbancou a realeza britânica...

Mar adentro


Sonhei com mar... Estava a uma distância considerável da faixa de areia, o suficiente para me afogar sem perder de vista os prédios do que parecia ser Copacabana. Interessante é que jamais vou à praia de lá, carioca que se preza vai para a Barra.

Não sei nadar bem, me viro por muito pouco tempo. E não conseguia voltar pra terra firme porque ondas gigantescas se sucediam, paredões de água que me pareciam enormes tsunamis. Eu afundava a cada uma que passava, numa calma infinita, para logo voltar à tona.

Acordei sem saber que fim teria a história.

quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

Primeiro amor


O post anterior e o comentário da lilly me lembraram uma historinha.

Minha filha teve seu primeiro namorado com 1 aninho...

Ela foi para a creche aos 9 meses, e seu desenvolvimento foi muito rápido. Aos 11 andava bem e seu vocabulário crescia absurdamente; entendia tudo que perguntávamos e respondia do seu jeito. Certa vez voltou com uma mordida feia no dedinho.
- Quem te mordeu, amor?
- Tícia!

Sem titubear, apontou a coleguinha Letícia, naquela tal fase oral em que os pequenos adoram se pegar a dentadas.

Quando ela devia ter um ano e dois meses, aproximadamente, ficava repetindo:
-Igo...
Papai, já suspeitando de um relacionamento sério, ficava bravo:
- Quem é esse cara?

Brincadeirinha... Mas nas reuniões de pais conheci a mãe do Igor, que me contou que ele também chamava pela minha filha em casa. E todos na creche comentavam como eles não se desgrudavam, brincavam juntos, um assistia DVD deitado no colo do outro, fazendo carinho nos cabelos...

Essa história é muito bonitinha, assim vemos como empatias e afinidades podem se formar e ser fortes mesmo na mais tenra idade. Infelizmente ele mudou de escola pouco depois, mas minha filha se lembra de até hoje. Ele, não sei, homens são tão volúveis...

Vai dar namoro...


A menina de cinco anos passou a tarde na casa da amiguinha de baixo. Consegui resgatá-la já passava das nove. Veio escoltada pelo fofo, o pai abriu a porta:

- Pai, adivinha! A gente tá namorando!!!!

Entra, eufórica, enquanto o pretendente M. desce as escadas, cuti-cuti como sempre. O detalhe mais interessante para quem presenciou a cena foi, sem dúvida, a animação do sogro...

Marcadores


Adicionei um gadget para conferir marcadores às postagens. Me dei conta que escrevo muito sobre pensamentos, fatos corriqueiros, minhas filhas e "causos" recentes ou de um passado um tantinho mais distante. Os insetos também são figurinhas fáceis... Dei uma receita, e a sorte do Orkut me chamou a atenção por quatro vezes.

Muito legal esse instrumento como estatística, ainda mais para uma mente matemática como a minha!

Anjo


Tenho um pequeno vizinho de quatro anos que é uma fofura, volta e meia foge de casa e vem bater na minha porta. Entra como um furacão, pega um brinquedo ou sobe na bicicleta ergométrica e sai na mesma ventania que entra. Já vai fazer cinco em fevereiro, mas tem o jeitinho de um bebezão de três, no máximo. A irmã de seis parece muitíssimo mais velha.

Hoje ele já entrou e saiu daqui umas três vezes, mesmo estando de castigo por... vir aqui sem avisar. Pediu lanche, viu Power Rangers e levou o príncipe da Barbie.

Outro dia me perguntou:
- Tia, tem abeliche?
- O que, meu amor?
- Abeliche. É que eu tô com sono...

Ganhou um apertão e foi embora, arrastado pela irmã.

News under the storm


Hoje não tive tempo de postar nada. Fiquei "repaginando" o blog, adicionei gadgets, alterei outras coisinhas mais, e agora acho que finalmente está ficando com a minha cara.

Mas não posso deixar de comentar a chuva aqui no Rio. Alagou tudo!!!! Minha rua parecia uma cachoeira... O pobre do síndico se molhou todo para abrir o portão e entrar com o carro. Bem feito. É pra lembrar de automatizá-lo, isso é imprescindível!!!!!!

terça-feira, 20 de janeiro de 2009

Tudo new

Gente, agora mudei tudo! Que tal? Eu adorei!!!!!!

Minha árvore

Puxa, estou contente. Sou um bocado amadora nessa coisa de blogs, computadores... O que faço, aprendo fuçando e experimentando.
Há algum tempo estava querendo dar uma personalizada no título do blog, adicionar uma imagem que tivesse a ver comigo... Lembrei da árvore do Harry Potter, que eu adoro, na frente da minha janela. Pois bem, aí está ela, a paisagem que tanto amo para animar minha visão também enquanto lhe dou as costas (é que minha posição ao PC é de costas para a janela...)

Eye in the sky


Uma amiga minha adorava "The Alan Parsons Project". Sempre gostei também, mas acho que nunca tive grandes paixões por ídolos da música... Na época acompanhava o trabalho do Oswaldo Montenegro, talvez mais por necessidade de me apegar a algo, sei lá. Admirava e admiro alguns artistas, mas sem arroubos.

Quando éramos adolescentes costumávamos comprar os discos e ir para a casa umas das outras para fazer coletâneas em fitas cassete. Não sei se a criançada de hoje consegue imaginar, as mídias se atualizam de uma forma tão rápida que mal entendi o que é um MP4 e já ouvi falar em MP7...

Ela possuía todos os discos do conjunto, menos um: "Eye In The Sky." Eu adorava a música, e por alguma conjunção astral, consegui comprar o último disponível no mercado, pelo menos nas nossas proximidades.

Em nenhum momento cogitei dá-lo a ela; ela, também, nunca pediu. Devo dizer que sofri uma pressãozinha psicológica para isso, mas achava sem sentido, eu havia comprado para mim e gostava bastante dele. Dava um certo prazer egoísta saber que era o último...

Bem, o tempo passou. E muito. Há alguns anos tive o prazer de assistir a um show deles na praia de Copacabana, senhores respeitáveis. Adorei, e me lembrei muito dela... De como me arrependi por não ter na época a generosidade e o entendimento que teria sido muito mais prazeroso abrir mão do que me parecia um tesouro...

Hoje nem o tenho mais. Não sou boa em guardar coisas, me desapego facilmente, e quando me desfiz do último toca-discos mandei embora todos os LPs. Na correria de obra em casa nem lembrei de ficar com pelo menos aquele. E hoje, aqui, peço desculpas publicamente.

Mistério

"Eis o mistério da fé."

Certa vez me perguntaram o que o padre queria dizer com isso. Fui criada em colégio Marista, mas confesso que muitos dos rituais católicos ou nunca compreendi ou esqueci. Penso que o mistério está em acreditar que ali estão o sangue e o corpo de Cristo. Ou seja, o mistério é acreditar, ter fé.

Não sou católica. Mas respeito toda e qualquer manifestação religiosa. Minhas convicções são particulares, baseadas na doutrina espírita, a única que conseguiu me responder todas as indagações de forma bastante simples, pisciana que sou, mística por um lado, mas extremamente racional por outro.

Mas adoro conhecer outras filosofias! O modo diferente de pensar de cada canto do planeta me encanta. Um sonho impossível é que em algum tempo possamos conviver todos em harmonia, ricos de conhecimento e da alegria de descobrir do tanto que são capazes o cérebro e a alma humanas.

Mas de fato, queria falar mais sobre fé, e estou achando muito difícil. Vou falar do que percebo em mim. Sou extremamente otimista. Sempre acho que as coisas vão melhorar, que a vida encontra seu jeito, e entendo que algumas coisas simplesmente não podem ser mudadas. Acredito em um destino flexível, que provavelmente temos algumas coisas programadas para vivenciar, mas o modo como encaramos os fatos pode nos fazer desviar de caminhos tristes ou ir de encontro a eles mais rápido.

Ontem perguntei a minha filha se ela é feliz; respondeu que sim.
- E o que te faz feliz?
Ela, sem pensar:
- Tudo!

Acho que ela já entende o que eu nem consigo explicar...

segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

Amor de mãe

Hoje a tarde enquanto a neném mamava deu uma sede... Minha mãe estava perto, não resisti:
- Mãe, você me ama?
Ela se aproximou, intrigada, e me deu um beijo.
- Claro, filha!
Então me dá um copo bem grande de Coca-cola com bastante gelo?

Olha, não me lembro de rirmos juntas por uma bobagem assim há muito tempo... Até chorei, como sempre acontece quando rio muito.

Mais tarde, para pegar no pé dela, repeti a pergunta.
- Ah, não amola!
Mas não é que ganhei outro copão de Coca? Agora a moda pegou!!!

Cada um na sua estrela

Minha filha mais velha anda numa fase difícil. Fazendo muita bobagem, provavelmente carência pelo excesso de atenção que a irmã demanda. Temos conversado, e ela explica:
- É que eu vim de uma estrela. A estrela respondona.
- Já pensou se você crescer e seus filhos vierem de lá também?
- Não, mãe. Meus filhos vão ser da estrela educadíssima!!!!!

Sol e chuva

É engraçado como o dia hoje está refletindo meu estado de espírito. Amanheceu meio cinzento, como o meu humor, nem cogitei ir à piscina. Em seguida o sol saiu, e eu já estava um pouco mais animada. Na hora do almoço me aborreci e fui tomar um banho para refrescar as idéias, enquanto São Pedro lá de cima parecia querer lavar uma sujeira há muito acumulada. Fui para a internet e tive boas notícias... Agora brilha um solzinho lá fora e eu estou, digamos, plácida. Mesmo sabendo que não vou ao show do Elton John. Conformei.

domingo, 18 de janeiro de 2009

Sarjeta


Não posso reclamar dos amigos que me acompanham nessa vida. Tenho consciência que amizades verdadeiras posso contar nos dedos das mãos, mas são pessoas com as quais conto independentemente da distância que nos separe ou do tempo que fiquemos sem nos ver.

Essa aconteceu comigo e com a Carla. Trabalhávamos em um hospital na zona sul do Rio, novinhas, animadas, aquela idade em que tudo é festa e qualquer pedaço de chão é cama. Nossa afinidade foi muito rápida, apesar de termos personalidades completamente diferentes. Eu, tímida feito uma porta, ela conhecia do faxineiro ao diretor do hospital.

No mesmo ano em que nos conhecemos resolvemos passar o reveillon em Copacabana, algo que nem me imagino mais fazendo atualmente, com um residente da oftalmo, japonês. Carla sabia que eu tinha uma quedinha por orientais, talvez quisesse dar uma de cupido.

Bem, lá fomos nós. Que muvuca, gente por todo lado... Uma determinada hora resolvi ir até a água. Caramba! Nunca tinha visto tanta oferenda junta! Era um tal de buraco na areia circundado por velas que não sei como consegui fazer o caminho até o mar caindo em apenas um. E num arroubo, de que me arrependi depois, lancei um anelzinho lindo, todo de pedrinhas coloridas, para Iemanjá...

Enfim, ano novo. E aí? Resolvemos ficar no prédio dos residentes até clarear e podermos ir para casa. Deviam ser umas seis horas quando descemos, e ela me acompanhando na espera do 409. E que espera... A sensação era de que estávamos sozinhas na rua, nenhuma pessoa, carro e muito menos 409. Ficamos ali tanto tempo que acabamos nos sentando no meio-fio... Não esqueço dela rindo e me dizendo:

- Que belo ano novo, hein? Acabamos na sarjeta!

Mas com pessoas queridas até a sarjeta fica legal e rende boas histórias...

Cookies Joelma

Esse post é uma homenagem às minhas amigas lilly e Pat Ferret, acho que elas vão lembrar.

Nos conhecemos dos tempos de colégio, lá se vão mais de vinte anos. Adorávamos fazer reuniões de grupo, éramos aproximadamente 7 ou 8 meninas e um rapaz. Os trabalhoes de escola eram desculpas para tudo acabar em brincadeiras, jogos, almofadadas ou puro papo jogado fora.

Tinha muita bagunça na minha casa, mas estávamos sempre uns com os outros para tudo. Cinema, patins no gelo no Barra Shopping encarando o 233, Tivoli Park (que saudades!), lanchinho no Palheta...

Certo dia resolvemos nos reunir para fazer cookies na casa da lilly, eu e Pat. Tudo regado a muito bate-papo, música... Eu, só curtindo, Pat sempre teve boa voz e lilly talento ao piano ("mas não me peçam para tocar nada popular!")

Os cookies eram só pretexto para a farra de meninas. Mas ficaram bonitos no tabuleiro, colocamos no forno e fomos nos distrair com outras coisas enquanto assavam.

Mas acho que a distração foi exagerada... Todo o nosso talento culinário rendeu uns cookies queimadinhos, queimadinhos. Não preciso explicar porque ficaram registrados nos anais da história como "cookies Joelma." E ainda me rendem boas lembranças.

Desenvolvendo um certo verniz

Adoro o Toni Garrido. Acho que ele é lindo, gosto das músicas que canta e é muito gentil. Digo isso porque o encontrei em uma clínica de ultrassonografia quando minha filha mais velha estava prestes a nascer, acompanhando a mulher, também barriguda. Estava contando isso à menina ontem, enquanto o víamos na TV.

- Não achei ele bonito não...
Óbvio. Me contrariar é lei.
- Também não gostei da música!
Só para fechar o pacote.
- Mas quando vocês se encontrarem de novo, não conta para ele não, tá?

sábado, 17 de janeiro de 2009

Ladies and gentlemen, Mr. Elton John!

Puxa, tô triste. Eu simplesmente amo o Elton John. Lembro das lágrimas rolando ao ouvir "Circle of Life " durante a queima de fogos em Epcot. Por ele, superaria a aversão que tenho a enfrentar aglomerações e iria à Apoteose.

Foi assim em 1997 quando assisti ao seu show no estádio do Flamengo. Não sei porque ele escolhe esses lugares esquisitos...

Fiquei bem de longe, ele naquele terninho quadriculado de branco e preto, indefectível ao piano. Já não alcançava o agudão de Bennie and the Jets. But who cares? Eu estava lá, a plenos pulmões! Até rolou uma baixaria por perto, briga de gente que não sabe sair de casa só para ser feliz.

Dessa vez não vou, terei de me contentar em ficar em casa babando a apresentação ao vivo, de São Paulo. E esperando mais uns dez anos por outra oportunidade.

Supermãe


Acabei de ver uma reportagem sobre mães superprotetoras, que indicava como suas características:
1 - Não gostar de deixar os filhos sozinhos, nem no condomínio. (Eu!)
2 - Não deixá-los com outras pessoas, mesmo amigos ou parentes. (Eu de novo!)
3 - Resolver os problemas para eles. (Um pouquinho eu...)

E nos filhos protegidos:
1 - Reclamam de dores. (A mais velha.)
2 - Choram a qualquer ausência sua. (A pequena, não posso sair do seu campo de visão.)
3 - São inseguras. (Será?)

Ai...

Pão doce


Estava certa vez em casa, sozinha, uns vinte anos atrás. De repente o porteiro interfona:
- Deixaram um pacote aqui para você!
- Quem?
- Não sei, uma moça...

Como de hábito nesses casos, pedi que colocasse no elevador para que eu o pegasse. Era um embrulhinho de padaria, com aquele papel com que se enrolava bisnaga antigamente. Abri, e lá estava um lindo pão doce! Sem pensar muito, comi tudo de uma vez, feliz com o presentinho inesperado.

Voltei para minha novelinha, já digerindo, quando me deu um estalo: quem poderia ter me mandado? Imediatamente senti um frio na espinha. E se estivesse envenenado? Nesse momento perdi qualquer possibilidade de pensar racionalmente e concluir que não conhecia ninguém que poderia querer me envenar, aos dezesseis anos, com um pão doce deixado candidamente no meu prédio. Tentei o porteiro novamente:
- Como era a moça que deixou o embrulho?
- Ah, não lembro, desceu de um carro, deixou o pacote e foi embora...

Pronto, não tinha jeito. Solene, concluí que só tinha uma solução: enfiar o dedo na goela. Segui, digna, até o banheiro e encarei minha missão inglória com bravura. Tudo terminado, me deitei, feliz por ter salvo minha vida.

Algum tempo mais tarde, minha mãe chega em casa.
- Oi, filha, tudo bem?
- Tudo...
Altruísta, resolvi poupá-la do ocorrido para que não se preocupasse.
- E aí, gostou do pão doce que a minha amiga deixou pra você na portaria?

Sem comentários. Só posso dizer que estou feliz por não ter mais dezesseis.

Rainha do Egito

- Mãe, semana passada minha imaginação era de índio.
Diz isso com uma fisionomia séria, quase uma carranca.
- Deixa eu olhar pela janela para ver como está minha imaginação hoje.
Corre para a janela da sala, um pé no sofá, outro no peitoril:
- Mãe, estamos no rio Nilo! Minha imaginação hoje é do rio Nilo!

Tudo para ela é tão lúdico... Sinto uma certa inveja...

Falei grego


As respostas estão todas dentro de nós.

Tive um diálogo surreal hoje. Acho que não cabe comentar com quem ou sobre o quê, mas era o tipo de conversa em que eu achava que poderia estar chegando a um senso comum, um entendimento e... Recebi um balde de água fria!

Pensei: "caramba, falei pras paredes!" Tremenda sensação de que não dei uma dentro.

A grande frustração não é o fato de não terem concordado comigo, mas de não me ter feito entender. Queria ouvir algo assim: "tá, você falou isso, isso e isso, mas não concordo." Também poderia concordar. Desde que entendesse meu ponto de vista.

sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

Laço de fita

A vida é laço
Laço de fita
Enlaça, é fato
E de fato habita
A retina clara
Dessa menina
Que com as cores
Se enfeita e anima
Olha, menina
O vento sopra
E balança a fita
Nesse balanço
Lá vai a vida
Na cor tão leve
Leve da fita...

Cá com meus botões

Estou matutando.
Minha caçula acaba de voltar do pediatra, que recomendou que a levemos a um psicólogo. Na verdade, a família. O problema é que a pequena chora copiosamente toda vez que vamos lá, mal se deixa ser examinada. Sempre foi assim, desde o primeiro mês, mas com um bebê maior, obviamente, a resistência também cresce. Falei que é geniosa e que reage assim sempre que é contrariada.
Aí ele me questionou sobre a mais velha. Essa está aparentemente na crise de ciúmes da criança que ganha uma irmãzinha. Desobedece, chora, tem ataques de mau-humor.
Deixa para ele indicar terapia, não sem antes me tranquilizar, dizer que sou boa mãe.
Isso eu sei. Tenho confiança no meu amor por elas e consciência de que sou um ser humano, cheia de qualidades e defeitos inerentes a essa humanidade, e que é com essa humanidade que as crio, ciente de que acerto e erro muito.
Só estou aqui avaliando se a ajuda profissional é necessária. Sem culpas, só pensando.

quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

A cigarra e a formiga?


Cigarra de novo. Já cogitei mudar o nome do blog para "As filhas da Cacau", mas "Os insetos me perseguem" também é uma possibilidade.

Desta vez ela entrou pela janela atrás de mim, enquanto estava ao computador. Saí correndo com a pequena para o quarto da minha mãe, deixei-a ali e fui resgatar a mais velha, que gritava. Fechei a porta e voltei, corajosa, para achá-la placidamente pousada na cortina. Sentei na cama sem tirar os olhos dela e liguei para meu marido para pedir instruções de combate ao mega-inseto. Felizmente ele já estava chegando em casa, entrou no quarto com um pano na mão para levar a danada embora. Fiquei esperando o fim da operação com o restante da mulherada intrépida.

Logo em seguida super-papai entra no quarto, missão cumprida. A mais velha pergunta:
- Papai, você tirou a cigarra de lá?
- Não, deixei no seu quarto, conversando com a formiga...

Papagaio

- Mãe, você tem que confiar na força do rosa!
- Quê?
- É, mãe, o novo Vanish procura e elimina as manchas mais difíceis. Mas não pode ser qualquer um, tem que ser o Vanish.

Por enquanto estou confiando no poder da propaganda... Será que presta essa atenção na escola?

Sonetinho despretensioso

Eu já sonhei ser poetisa
Antiga mestra até obrigou!
Só que o tempo vem e avisa
Que tal desejo não vingou

Pois dom é dom, não se cultiva
E na escola não se aprende
É luz de dentro, voz ativa
Que só encanta e surpreende

Agora escrevo, sou blogueira
Com muito orgulho e alegria
Conto o passado e o dia-a-dia

E foi assim dessa maneira
Que aprendi que mesmo em prosa
Sei ver meu mundo cor-de-rosa...

Vibrações positivas

Namorei tarde. Fui uma adolescente tímida, cheia de recalques, com dificuldades para me relacionar com as pessoas. Me escondia atrás dos óculos para miopia, jeans e camisetas de malha largas. E curtia longas paixões platônicas... Sofria por aqueles amores impossíveis, tão distantes, que não se realizariam. E me achava feia, feia, e não fazia nada para melhorar. Olhava aquelas meninas lindas, populares, cheias de admiradores, e sonhava ser assim. Obviamente, o príncipe encantado, que me enxergaria e amaria daquele jeito, também fazia parte desses sonhos.

Certo dia estava no trabalho e uma colega, sensitiva, me perguntou:
"Quem é Pedro?"
"Hã?"
"Você tinha algum parente chamado Pedro?"
"Um tio que morreu antes que eu nascesse."
"Pois ele se apegou a você e tenta te proteger, mas na verdade te coloca numa redoma e atrapalha sua vida, você não sai dali e ninguém entra. Ele faz isso para que você não sofra, mas com isso você não consegue viver a sua vida e tentar ser feliz. Reza para ele, agradece, e pede para ele te deixar viver."

A conversa, na verdade, foi muito mais longa. Essa moça lutava um pouco contra a própria mediunidade, e deve ter pensado muito antes de me dizer essas coisas.

Bem, fiz o que ela aconselhou. E, verdade ou não, me fez bem... Passado algum tempo, comecei a me enxergar melhor, gostar de mim. Fiz musculação, comprei roupas novas, perdi peso, me achei até bonita. E é claro que os homens também começaram a me olhar. Eu estava gostando da minha compania, naturalmente outras pessoas também.

Vejam bem, não estou aqui fazendo apologia a religião alguma; o que quero que fique bem claro é que a grande mudança veio de dentro de mim, a partir do momento em que acreditei que poderia fazer as coisas de modo diferente e atrair novas energias. De acordo com a minha crença, talvez até eu mesma estivesse alimentando esse apego do meu tio através da minha tristeza, e isso se rompeu quando resolvi mudar.

E é nisso em que acredito: são nossos pensamentos e atitudes que geram um campo de energia e atraem as pessoas com as mesmas afinidades, vivas ou não. Por isso é que vibrar positivo é sempre bom...

quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

Procurando significados


Estou tendo um sonho recorrente, não é desagradével, mas sobre um assunto que me irrita. Lembrei que durante muitos anos e ainda hoje, mais esporadicamente, sonho com elevadores. Eles sobem, descem, andam para os lados e em diagonal.

Outro tipo é o em que tudo vai escurecendo a minha volta, e eu fico procurando sei lá o quê no meio do breu, sempre correndo e agoniada; esse já não me acontece há tempos.

Tem também os em que flutuo, esses são legais. Geralmente descia as escadas do meu antigo prédio voando... Uma variação é o em que estou caindo, acordo sobressaltada.

Engraçado mesmo é quando sonho que quero fazer xixi e não consigo; ou não acho o banheiro, ou é masculino, ou não tem papel higiênico. Nesses casos, geralmente acordo e saio correndo, apertada... Esse é o com significado óbvio; os outros, gostaria de entender.

Andador


Foi só terminar o post e a encomenda de Salvador chegou. Coisa mais bonitinha a pequena no andador... Só que a cada obstáculo no caminho ela fica brava e olha para trás, gritando, como a perguntar:
- Ninguém vai me ajudar?

A maior está feliz da vida com a cesta de piquenique e o bambolê. Quando eu era criança tentei com todo afinco aprender a rebolar em um, sem sucesso. Deve ter algum macete, uma malemolência que me falta. Não posso negar que já tentei agora, né? E obviamente, sem sucesso. Preciso de um intensivão.

Assim que a neném acordar da soneca da tarde vou levá-las lá embaixo para brincar com as novidades. Não posso esquecer o Floc, o Mic, o Lic e o Bic, devidamente alimentados.

Muita calma nessa hora, meu rei...

Comprei um andador e algumas outras coisas pela internet semana passada e até hoje não chegou nada. Telefonei para reclamar e me disseram que a previsão de chegada era ontem. Aceitei a resposta e prometi ligar hoje de novo se os produtos não chegassem. Antes de desligar, perguntei:
- Essa loja é de onde?
- Salvador, senhora.

Tá explicado...

Lavando a alma


Tomei um banho tão bom agora, estou até mais bem-humorada. Parece que a água tem a capacidade de lavar e levar o peso dos ombros também...

Passeio imaginário

- Mãe, me leva pra dar uma volta com o Floc?
- Quem é Floc?
- Meu cachorro imaginário.
- Cadê o Telo e o Lelo?
- Morreram. Esqueci de alimentar eles.
- Ai, que horror!
- Mas eu comprei mais, vieram quatro numa gaiola.
- Na gaiola, filha?
- É, mas eu já soltei...
- Veio o Floc e quem mais?
- O Bic, o Mic e o Lic.
- Vê se cuida desses...
- Já dei comida para eles!
- Tá bom. Então vamos dar um passeio imaginário.
- Ah, não, mãe! O passeio tem que ser de verdade!

Cadê o ar?

O calor no Rio de Janeiro está insuportável. O ar está pesado, o ventilador não dá conta. O aparelho de ar condicionado está lá na área, esperando meu marido instalar no nosso quarto. Se ele não fizer isso logo, vou me mudar pro da minha mãe com as crianças.

Pensando bem, é capaz dele se animar com a possibilidade de ter uma noite de paz, sem crianças chorando e dormindo por cima dele...

Vou pensar em outra coisa.