sexta-feira, 17 de outubro de 2008

O mosquito é carioca?


Vem chegando o verão... E eu não estou com um calor no coração, e sim morrendo de medo da dengue. Mal deu tempo de esquecer o horror que passamos no início do ano e mais uma epidemia se anuncia. E olha o mosquito no meio da campanha eleitoral! Não digo isso com orgulho, mas sou de fato filha da revolução, geração Coca-cola. Nunca me interessei por política, e sinceramente jamais me encantei por algum partido ou algum líder a ponto de sair panfletando apaixonadamente em sua defesa. Sempre vejo com estranheza alguns meios de comunicação nos conclamarem a votar de um modo até agressivo, com frases do tipo: "sua cidade tem a cara do seu voto", "escolha o candidato certo"... Existe um candidato certo? Existe algum candidato que para chegar a um determinado patamar na política não tenha sido obrigado a desistir dos ideiais que possa ter cultivado algum dia, e assim ter se corrompido? Quem é ele? Não sei... Acabo optando por aquele que antipatizo menos ou que tenha se envolvido menos em escândalos.


Bem, até o momento meu voto do segundo turno está pendendo pro Gabeira. Penso que por ser ambientalista, pode ser que se interesse mais pela questão da dengue. Mas como ele se aliou ao César Maia, angariou também a antipatia de quem simplesmente detesta nosso atual prefeito. E César Maia é um caso aparte, tipo ame-o ou deixe-o. E eu devo confessar que gosto dele, posso enumerar vários pontos positivos de sua gestão, mas não é disso que trato no momento. E fico ouvindo o tempo todo: as secretarias de saúde e educação não vão mudar (como assim?), o caos vai continuar, a prefeitura não fez nada para evitar um novo surto... Mas peraí, o mosquito é carioca? Se a dengue vem de novo firme e forte é porque não houve interesse e humildade suficiente de ninguém, nenhuma das esferas do governo... Quando não há vontade política é muito fácil dizer que a dengue é municipal ou a violência é estadual. A dengue e a violência são nossas. E somos nós que sofremos com elas.


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