sexta-feira, 3 de abril de 2009

Lentamente a vida se infiltra


Passei por uma fase de cansaço mental, mas estou me recuperando. Acho que depois de uma "tempestade" em que muito foi exigido de mim fisicamente, meus neurônios resolveram tirar férias. Nada de dramático nisso, apenas as coisas estão voltando ao curso habitual, lentamente.

E há uma constatação óbvia nisso: quando deixamos de usar o cérebro por algum tempo, por menor que seja, parece que as ideias desaparecem. E foi o que aconteceu comigo, presa em casa, providências práticas a se tomar, nenhum tempo para exercitar a criatividade.

Depois da semana santa voltarei ao trabalho. E sinto falta disso... Aquela rotina de acordar cedo, encontrar os colegas de sempre, jogar conversa fora durante o café e a cada dia uma tarefa diferente a realizar. Probleminhas, pequenas discussões e divergências, outros pontos de vista, diálogos que enriquecem. E a certeza de voltar para casa, encontrar minha família... Enfim, a vida que eu sempre quis.

É verdade. Sempre desejei casa, vida a dois, filhos, trabalho estável. Tenho tudo isso. Algumas pessoas se sentem perdidas quando alcançam aquilo que tanto almejaram. Acho que minha natureza demasiado prática não me deixa entender esse tipo de coisa, pois estou constantemente querendo algo mais... Nem dá tempo de parar e pensar: "consegui, e daí?", já que novos anseios, somados aos antigos, sustentam a chama da novidade, do inesperado, acesa.

E aí? Sou objetiva demais?

2 comentários:

carla disse...

que bom que você voltou!

Cacau! disse...

Brigada!