Mas agora ele só tem o dia 19 de abril...
Dia do índio. Com todo o meu respeito a cultura indígena, não pude deixar de me espantar com matéria da Folha Online que transcrevo em parte a seguir. Trata do julgamento do senhor administrador da Funai em Manaus, que apoia índios ianomâmis que tentam retirar do hospital uma criança de 1 ano e 6 meses com hidrocefalia, pneumonia e tuberculose.
Em nota à imprensa, o administrador da Funai em Manaus, Edgar Fernandes Rodrigues, afirma que em uma maloca ianomâmi as atividades domésticas competem à mulher e que, se ela gerar um filho deficiente, é permitido o infanticídio.
"Gerar um filho defeituoso, que não terá serventia [...], é um grave 'pecado', pois este não poderá cumprir o 'seu destino ancestral", diz a nota.
Rodrigues afirma que a"Funai respeita e acata a decisão da mãe da criança ianomâmi de interromper o tratamento médico de sua filha e levá-la para maloca. Perderemos uma vida, sim, mas temos a certeza de que outra será gerada."
"Gerar um filho defeituoso, que não terá serventia [...], é um grave 'pecado', pois este não poderá cumprir o 'seu destino ancestral", diz a nota.
Rodrigues afirma que a"Funai respeita e acata a decisão da mãe da criança ianomâmi de interromper o tratamento médico de sua filha e levá-la para maloca. Perderemos uma vida, sim, mas temos a certeza de que outra será gerada."
Como assim, perderemos uma vida e tudo bem? Tudo bem se permitir o infanticídio? Senhor Edgar, se a menina fosse sua filha, o senhor concordaria com essa sandice?
Felizmente a Vara da Infância e da Adolescência de Manaus decidiu por manter a menina internada. Uma decisão pela vida.
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