sexta-feira, 3 de abril de 2009

A cor do discordar


A base do diálogo é ouvir e ser ouvido. Nada mais frustrante que tentar trocar ideias com alguém que não está pronto para isso.

Minha natureza é quieta, numa descrição resumida. Gosto de observar, pensar sobre o que escuto e racionalizar antes de emitir conclusões. Tudo bem, acontece amiúde do assunto já ter mudado um par de vezes até que eu processe tudo dessa forma... Mas há a vantagem de que controlo a impulsividade e seguro palavras e impressões precipitadas, que poderiam ser desastrosas.

E mais que tudo: debates perdidos, passo longe, deixo a criatura monologar só. Se percebo que inexiste o desejo de compartilhar, crescer, ouvir, não conte comigo. Mas não entendam com isso que só gosto de conversar com o espelho, não; adoro pensamentos diferentes, versões novas, centelhas de inteligência. Pessoas que se permitem expor razão e emoção e que também se deleitam em debater o desacordo. Não que com isso alguém vá mudar obrigatoriamente o modo de pensar. Apenas deixá-lo muito mais colorido...

2 comentários:

Lilly disse...

Ah... tem gente que adora o som da própria voz né...

Cacau! disse...

E se acha...